Na meteorologia cada nuvem possui um nome, de acordo com o Atlas Internacional de Nuvens, uma espécie de catálogo de nuvens que ajuda no treinamento de meteorologistas e promove um uso comum da nomenclatura, auxiliando o trabalho em conjunto de meteorologistas do mundo inteiro.
O Atlas Internacional de Nuvens foi publicado pela primeira vez em 1896 por membros do Comitê Meteorológico Internacional, antiga Organização Meteorológica Mundial (OMM), e continua sendo atualizado e reimpresso até hoje! Sua edição mais recente foi publicada em 2017.
As nuvens geralmente são classificadas com base em dois critérios, aparência e altitude. Em relação a aparência, podemos distingui-las em 3 tipos:
Além desses 3 tipos básicos, também existe a variação “nimbus”, que em latim significa “chuva”, usada para classificar nuvens que produzem chuva. Qualquer nuvem apresenta uma dessas formas básicas ou é uma combinação delas.
Assim como é feito para plantas e animais, o esquema de classificação das nuvens é dividido em gêneros, espécies e variedades. Hoje existem 10 gêneros de nuvens, ou seja, 10 grupos principais de classificação. São eles: Cirrus (Ci), Cirrocumulus (Cc), Cirrostratus (Cs), Altocumulus (Ac), Altostratus (As), Nimbostratus (Ns), Stratocumulus (Sc), Stratus (St), Cumulus (Cu) e Cumulonimbus (Cb). A maioria dos gêneros é subdividida em espécies, com base na forma ou estrutura interna da nuvem.
Essas nuvens geralmente são encontradas em várias altitudes, variando desde a superfície até o topo da troposfera, a tropopausa. Dessa forma, também podemos separá-las de acordo com sua altitude, dividindo a troposfera em 3 níveis: alto, médio e baixo. Cada nível é definido pela faixa de altura em que nuvens de certo gênero ocorrem com mais frequência. É importante ressaltar que os limites desses níveis variam em diferentes latitudes, já que a altura da tropopausa varia com a latitude. No geral, podemos separar os principais tipos de nuvens da seguinte forma:
A maioria das nuvens ficam “confinadas” em seu nível, porém, existem algumas exceções:
Existem também algumas formas intermediárias ou transitórias de nuvens que, apesar de serem observadas frequentemente, não são colocadas no esquema de classificação. Isso porque elas são de menor interesse, menos estáveis e sua aparência não difere muito das formas classificadas. Além disso, existem alguns tipos de nuvens raras que não são vistas com frequência e não aparecem em qualquer lugar do planeta.
Com essa pequena introdução de classificação de nuvens, você já pode, da janela de sua casa, identificar as diferentes nuvens do céu! Em um próximo artigo, vamos ver que esses diferentes tipos de nuvens nos conta muito sobre as condições atuais e futuras do tempo na sua região!